segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sem protagonismo, sem mudança!


O maior desafio da juventude na atualidade é lutar contra um forte discurso conservador que a caracteriza como coadjuvante, desinteressada das importantes discussões atuais e principalmente avessa à política. Felizmente, o Brasil conta com uma minoria desconhecida que, consciente do seu papel no processo do desenvolvimento do país, a representa perante o poder público e luta para recrutar seu exército, regido pelo protagonismo. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a juventude corresponde a 28% da população brasileira, alcançando o número de 50,5 milhões de habitantes, se tratando então, de um segmento expressivo que a cada dia tem atraído a atenção global, e como conseqüência, a importância que a comunidade internacional dá à integração das questões relacionadas à juventude nas agendas de desenvolvimento a nível mundial, regional e nacional, cresce em ritmo acelerado. Construir um regime democrático foi a grande contribuição das gerações anteriores. A da atual geração é consolidar este regime para torná-lo produtor de uma Nação de iguais e economicamente próspera. Além disso, temos 30% da nossa população composta por pessoas entre 15 a 29 anos, um bônus demográfico que, somado à transversalidade das demandas juvenis entre as áreas da administração pública e a manifestação peculiar das opressões de raça, gênero, deficiência física etc sob o guarda-chuva deste grupo social, tornam os jovens centrais e universais para um projeto de desenvolvimento.
Se é verdade que, por um lado, a maioria dos jovens pouco crê nos partidos e nas instituições republicanas, como o Congresso, por exemplo, é também verdadeiro que os jovens, segundo inúmeras pesquisas, acompanham o noticiário, o horário político e se organizam de múltiplas maneiras, principalmente em grupos culturais, religiosos e através de ONGs que praticam o voluntariado. Nesta última seara, a opção preferida é a causa ambiental. E tal posição dos jovens em relação a política, é compreendida quando analisamos as atuais grades curriculares do ensino básico e constatamos sua deficiência em relação ao assunto, pois diferente as décadas de 70 e 80, não constam disciplinas que resguardavam o patriotismo, o civismo e a cidadania como a Organização Social e Política Brasileira (OSPB). 
O mundo está enfrentando muitas crises – que diversas vezes se sobrepõem - incluindo a financeira, de segurança, ambiental e outros desafios sócio-econômicos que impedem a realização dos objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente. Fomentar o exercício da cidadania, investir e fazer parcerias com a juventude é a chave para resolver estes desafios de uma forma sustentável. Portanto, somente a partir da consciência do seu papel e contribuição para as transformações sonhadas - que só pode acontecer por meio da formação política nas escolas e igrejas, como exemplo, através de palestras, cursos e oficinas - teremos uma juventude protagonista, que ao invés de reclamar, atuará a favor de um mundo melhor, exercendo sua cidadania, fiscalizando e participando da gestão pública e consequentemente contribuindo para a diminuição da corrupção, esta que é um dos maiores gargalos que impedem o desenvolvimento social e a correta distribuição das riquezas do nosso amado Brasil e também, a principal causa do afastamento da participação política da juventude. 

*O autor, Marcos Pierry,  é empresário, Radialista (Locutor) e militante político.

2 comentários:

Unknown disse...

Meu amigo Rozembergue, meu muito obrigado, e estou muito feliz com a sua publicação, forte abraço.

Unknown disse...

Louvo-o pelo artigo, palavras bem postadas, enredo bem aplicado, fácil entendimento, só faltou (acredito) um pouco mais de ousadia, pois a verdade tem de ser posta mesmo com flores ou espinhos, mas tem de ser posta.. Parabéns.

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